quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu Vezes Eu

"Certa vez, disseram que sou uma garota especial, e que todos os meus sonhos cruzariam a linha do meu destino. O problema é que eu não acredito nessas coisas, eu acredito nas atitudes e na falta delas. Chega de palavras clichês que descreverem sentimentos idênticos.
Efêmero, intuitivo e explícito.
Depois que descobri o fim da eternidade, criei uma máquina do tempo imaginária. E eu volto toda vez que sinto falta.  Qual é coração?  Essa é a verdade, nós sabemos que você não precisa disso. E se eu fingir? Eu posso.
E se eu arriscar? E se for loucura? Uma hora, sobra pedaços de tanto faltar.
A cor da minha unha não diz nada sobre mim. Eu me irrito fácil. Não tenho paciência para devaneios forjados, sinto vontade de vomitar toda vez que fingem tolice para se tornarem o centro do mundo – dos idiotas?
Vivo entre um amor e outro. Entre borboletas e morcegos, e pequenos vácuos.  Com a incerteza de saber, que às vezes ainda me esqueço pra esquecer alguém. Tudo culpa dessa minha mania de achar que posso enxergar sentimentos ocultos. Noutras vezes, da minha constante  perseguição pelo que não existe. Que seja.
Basta desse medo de não ser tudo aquilo que aparento ser.
Nem as estrelas do céu estão onde realmente parecem estar."

Por: Bruna Vieira - Depois dos Quinze 

terça-feira, 12 de julho de 2011

A dor que me consome


Eu tento encontrar o que me movia antes de você aparecer, mas vejo que tudo não passava de impulso, instinto, pura sobrevivência. Tudo era vazio, e o vazio era dor. E quando tento me encontrar percebo que me perdi dentro de mim, numa necessidade que desconhecia, num emaranhado de sentimentos que não entendia. Agora, a dor é cheia, cheia de amor.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Call


Assumo que eu já esperava essa reação, esperava que ela o culpasse e consequentemente me julgasse. Pensei estar preparada para passar por isso, mas é como uma bomba. 
Ligações altas horas da noite são pra pessoas e casos excepcionais.Imagine como eu me sinto: nada comparado ao que sentiria se ela estivesse - fisicamente - perto.
Nada acontece por acaso, ela não foi acaso, nós não somos acaso. Ela foi porque tinha que ir,  por motivos que nenhum de nós pode explicar, mas aconteceu. Eu sei, não me pergunte como, que se ela estivesse aqui nós não existiríamos. Seríamos o de sempre: eu; você e ela. Posso dizer isso com firmeza por todas as vezes que saímos e não aconteceu nada - mesmo ela estando tão distante -, por todas as vezes que você dizia o quanto ela era linda e seus olhos brilhavam - não era apenas pela beleza -, pelo quanto você se preocupava e a amava.
Talvez, seja esse o motivo de ser tão difícil digerir esse assunto: eu estava lá quando você sorria e quando estava abatido. Não me arrependo de nada e não a julgo, pois eu faria igual, mas confesso que isso me abala de uma forma que não deveria.
Não se trata de confiança ou segurança em você, mas em mim. Tudo aconteceu para vocês de forma muito calma, sem rancores ou mágoas, e muitas vezes as pessoas só deixam nossas vidas quando a dor é maior que o amor.