quinta-feira, 19 de agosto de 2010


Foram bons dias e tentativas nem um pouco sutis de que não parecesse nada - não era - até que sumisses de novo. Já era previsto, desde o inicio falávamos das tuas mulheres e dos teus planos e qualquer um que alguma vez já tenha trocado duas palavras contigo sabes que não és de nunca serás de ninguém senão de ti mesmo. Mas foi engraçado poder ter uma perspectiva de como ages por dentro da carcaça inventada, os modos tão carinhosos e doces que poucas vezes alguém já teve comigo.
Porque naquele momento eu te servia, e tu me servias, então estávamos bem. Eu podia acordar no meio da madrugada com tua boca na minha, querendo atenção. Travar batalhas contra o teu desejo que me impedia de pegar no sono. E depois que cochilássemos, a ressaca dos cigarros da noite anterior me faria hesitar antes de levantar a buscar água, e depois poder comemorar a glória poser então sentar ao teu lado e observar teu sono tranqüilo. E como éramos iguais, almas gêmeas. De repente e sem menos ou mais, descobrir quer não era bem assim, e em ambos os lados havia alguém especial, e não éramos feitos um para o outro, mas um do outro, um como o outro, irmãos.
E ali, naquela cama, num adeus silencioso enquanto dormias, aquele era o nosso fim.

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